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Da África para o mundo: Santa Josefina Bakhita!

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Da África para o mundo: Santa Josefina Bakhita! Foto: CNBB

“Sede bons, amai o Senhor, rezai por aqueles que não O conhece!”  A orientação vem de uma Santa do subúrbio de Darfur, lugar de povos resilientes e guerreiros, do extenso território do continente africano, especificamente da região do Sudão. Trata-se de Josefina Bakhita, uma santa elevada aos altares por São João Paulo II, em outubro de 2000, com orientação litúrgica para festividade, no dia 08 de fevereiro, data de sua morte. Santa Bakhita recebeu o carinhoso apelido de “Nossa Irmã Universal”, dado pelo papa referido acima. Segundo o Papa Bento XVI, ela é um exemplo de esperança infinita. A santa teve uma vida de grandes sofrimentos. Viveu durante muitos anos como escrava, sendo vendida e maltratada por cinco vezes. Foi raptada aos nove anos por membros de uma das tribos inimigas de seu povo na África. O nome Bakhita foi dado por seus algozes, cujo significado é “afortunada”.

Segundo a história, deram-lhe esse nome porque acreditavam que a jovem traria grande sorte para o grupo.  Santa Bakhita teria sido levada até Itália, onde conheceu o trabalho missionário das irmãs Canossianas, lá recebeu os sacramentos da iniciação cristã, bem como um nome no Ocidente “Josefina”. A partir desse momento, a santa decidiu ingressar na referida congregação. Embora tenha optado pela vida religiosa, e sempre expressava alegria de se perceber enquanto filha de Deus, tal decisão não a isentou de sofrimentos. Em sua nova casa teve diversas contrariedades e objeções, especialmente por ser uma mulher negra e ter vivenciado situações do sistema escravista vigente na época.

Santa Josefina lutou bravamente para se tornar religiosa e por total liberdade. Tornou-se popular, sendo muito procurada pelo povo no convento. Queriam conselhos e ajuda da “bondosa morena”, que acolhia a todos. O povo assim a chamava porque nem a Santa se lembrava do nome verdadeiro, uma reação pós-traumática, as marcas da violência escravista que sofreu.  Possuía grande espiritualidade, força e muitas luzes nas situações adversas. Sofreu mais intensamente com uma doença que a forçava lembrar os horrores vividos no tempo em que era escrava, sendo liberta desse mal quando a Virgem Maria teria intercedido por ela, morrendo após muito lutar, no dia 08 de fevereiro de 1947, aos 78 anos. Após sua morte, espalhou-se a fama de milagres atribuídos a sua intervenção.

A santa de hoje teve uma vida marcada pela esperança, humildade, alegria e fé, em meio ao caos interior e social. A resiliência diante da dor e do sofrimento intensos é inspiração para respaldo da luta contra o racismo e a intolerância para com os negros em todo o mundo, mesmo pós-período da escravidão. A santa que pregava a importância de rezar sempre, ser bom, de amar a Deus e ao próximo para a edificação de uma vida plena na graça Divina, também hoje convida negros, negras e todas as outras pessoas a viverem a esperança salvífica, e comunicá-la a todas as pessoas.

 

Oração à Santa Josefina Bakhita

Ó Santa Josefina Bakhita, que, desde menina, foste enriquecida por Deus com tantos dons e a Ele correspondente com todo o amor, olha por nós.

Intercede junto ao Senhor para que cresçamos no Seu amor e no amor a todas as criaturas humanas, sem distinção de idade, de raça, de cor ou de situação social.

Que pratiquemos sempre, como tu, as virtudes da fé, da esperança, da caridade, da humildade, da castidade e da obediência.

Pede, agora, ao Pai do Céu, oh Bakhita, as graças que mais preciso, especialmente (pedido). Amém.

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